Incoesp é a primeira cooperativa de mineração do Estado liberada por órgãos ambientais para exploração de argila

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Superintendente do DNPM, fala sobre a conquista da Incoesp junto ao órgão

A Cooperativa de Indústrias do Oeste Paulista (Incoesp) promoveu encontro na noite de terça-feira (17) no salão de convenções do Paranoá Clube, com empresários do setor oleiro-cerâmico e autoridades políticas do município para anúncio da autorização inédita concedida pelo DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) e Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), órgãos ambientais, que pela primeira vez concederam a uma cooperativa do ramo oleiro no estado de São Paulo a liberação para explorar jazidas de argila. A mineração será feita em Campinal, distrito de Presidente Epitácio.

Na ausência de representantes da Cetesb, Senai e Sebrae na reunião, que justificaram a ausência, o superintendente Ricardo de Oliveira Matos, do DNPM, se encarregou de confirmar a novidade para a platéia repleta de empresários do setor: “Há dois anos estive aqui [em Panorama] e tinha prometido se o pessoal da cooperativa colaborasse e fizesse toda a ‘lição de casa’, ou seja, se apresentasse todos os documentos visando ter uma regularidade na atividade minerária, nós do DNPM, que concedemos este título, faríamos nossa parte, e entregaríamos o titulo. Isso é muito interessante, porque é uma lição para outras regiões”.

Sobre as dificuldades de outras cooperativas em conseguir este mesmo titulo, Matos assegura que isso se deve não apenas as limitações do DNPM, mas uma maior proximidade entre os produtores com o Governo Federal, comportamento que esta em plena evoluindo e avançando.

A presidente da Incoesp, Sebastiana Merejolli Corte, afirmou ser uma das maiores conquistas da cooperativa desde sua fundação, em novembro de 2007. Com a liberação para exploração da jazida de argila, ela espera que o preço em que esta sendo negociada a sofra uma queda considerável para dar fôlego ao setor e concorrermos de igual para igual com outros pólos produtores no mercado. “Se não houver uma redução no preço da argila nós não vamos conseguir sobreviver”, analisou.

Para o prefeito Luis Carlos Henrique da Cunha, a mesma indústria responsável pelo progresso na década de 80 com a descoberta da vocação da produção de tijolo, reafirma sua importância novamente no cenário econômico local com a assinatura autorizando a exploração de jazidas de argila.

“Eu acredito que nossa cidade vai continuar prosperando numa expectativa de um novo tempo, não só em questão da argila”, lembrou o prefeito da instalação de novas agências bancarias na cidade e a expansão do comércio movidos pelo setor oleiro-cerâmico, a principal economia.